SAUDADE.
Olhando, no fundo dos meus olhos, neste turvo espelho que sequer me reflete,
Consigo ver no horizonte as pesadas nuvens da tempestade que se forma.
Intensa, crescente, descontrolada, devastadora e avassaladora.
Calmaria? Não! Já sinto o vento que sopra cada vez mais forte!
Apenas para me lembrar que o motivo é você.
Aqui estou, confuso e de mãos atadas. Calmamente, esperando você refletir ou apenas chegar.
Não sou perfeito e nem um anjo. Tenho minhas limitações, cicatrizes e esperanças!
Esquecer? Jamais! Mantenho vivida a alegria e magia dos nossos singelos ou grandes momentos.
De tudo que aquilo que juntos, cúmplices e confidentes, passamos e vivemos,
Enfrentamos e superamos para, enfim, conseguirmos, finalmente, nos amar.
A sua ausência é estranha e extremamente forte!
A casa e o quarto vazio servem apenas para me lembrar:
A falta do seu perfume, do seu toque, do seu gosto,
Das loucuras que fizemos de toda sorte.
Mas a vida é assim! Para provarmos o mel da comunhão, a estrada da convivência é de amargar.
Ontem, a sua presença era uma constante. Hoje não te tenho! Incógnito, este é o futuro!
Por hora, até entendo, você está surda, cega, afastada, sobrecarregada, irredutível, inflexível e estressada.
Vim de baixo e não me envergonho! Superação e adaptação, para mim, tornaram-se uma constante.
Não sou orgulhoso, mas tenho meu amor próprio. Obstinação, é a chave de quem vencerá a batalha.
Sou antagônico e paradoxal. Genioso e controlado. Impulsivo, mas justo e ponderado!
Ultimamente, todo esforço que faço e penso ser suficiente, não é, nem de longe, é o bastante.
Mas você tem uma vantagem, ainda me resta o dom da resiliência!!!
Sei que se trata de uma fase. Não precisa mudar ou ficar atordoada! Nada foi, é, ou será em vão.
Meu apoio é uma certeza. Mesmo te esperando, deitado forçado, nesta cama de espinho que é a solidão,
Esperar-te-ei para seguirmos nossa estrada, enquanto houver amor, cumplicidade, sinceridade e paciência.
Tudo se resume a uma questão de opção! Basta dispor-se a exercitar o entendimento, compreensão e adaptação.
André Luiz Guimarães Araujo.
23/06/2011.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
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